O
escritor e pesquisador de história Luso-brasileiro João Barcellos terminou os estudos
que o levaram, de 1991 a 2007, a estabelecer a Cronologia Colonial &
Mineraria de Afonso Sardinha - o Velho, integrada ao livro Araçariguama / do
Ouro ao Aço, a ser publicado, em Maio de 2007, pela Editora Edicon, de São
Paulo, com o apoio do Grupo Granja [internacional], do Grupo Eintritt Frei [de
Berlin/De], do Corpus - jornal d´artes, letras & beleza, do
Centro de Estudos do Humanismo Crítico [CEHC, Guimarães - Portugal] e da
Prefeitura Municipal de Araçariguama.
O
autor deu fim de uma vez às confusões que envolviam ´o Velho´ e ´o Moço´
através de documentos existentes em Portugal, Inglaterra, Brasil, Alemanha e
Espanha. “Na verdade”, explica ele, “os historiadores dos Anos 40 e 50 do
século passado foram enganados por escribas, que publicaram documentos
anedóticos sobre a história da Villa de São dos Campos de Piratininga e aos
quais se deram crédito como fontes históricas. Ora, as atas e o regimento geral
da Câmara paulistana, por exemplo, e numa leitura simples, mostram que Afonso
Sardinha [o Velho] foi de fato um grande senhor feudal, minerador e banqueiro,
a par da sua atividade como vereador [em períodos de 1572 a 1610] e de armador
[dono de navios em Santos], e que o filho mameluco [o Moço] foi sempre um cabo
de ordens, e entende-se: a política de então não permitia a ascensão ao poder
de mamelucos. Desfaz-se também, com esta cronologia, outro engano: foi o Velho
quem recebeu a notificação para se investir de Capitão das Gentes da Villa, e
não o Moço. Por isso, ele é também, com a instalação das capelas em Carapocuyba
e em Araçariguama, o fundador do marco-zero dessas povoações do oeste Paulista,
no Piabiyu e no Ypanen... A confusão foi tal, com os nomes, que deram o pai
como analfabeto dando a perceber que o mameluco, por alguma arte mágica, tinha
ilustração”.
Junto
com este livro, João Barcellos publica o romance Gente da Terra levando os
nossos dias aos confins do Séc. XVI para nos contar a odisséia do velho Afonso
Sardinha, o primeiro grande creso da colônia lusa.
As
duas obras têm lançamento agendado para Araçariguama, o portal do interior e um
dos eixos da odisséia que fez nascer o Brasil. MAyP.
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