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Editorial

 

20 de novembro é o dia da Consciência Negra. Não podemos deixar de lembrar da importante contribuição dos escritores negros para as nossas Letras. Como as mulheres, os negros durante muitos anos, lutaram pela igualdade de direitos. Foram excluídos e renegados pela sociedade, e ficaram no anonimato por causa do preconceito pela cor, raça e sexo.  Em muitos países o preconceito pela cor e sexo ainda predominam, mesmo diante dos avanços alcançados com a modernidade.

O preconceito é o câncer da humanidade; é uma palavra que deveria ser obsoleta; deveria ser excluído definitivamente do coração dos homens, quer seja ele com relação ao sexo ou a cor. As mulheres ainda têm salários inferiores aos dos homens; poucos são os negros que conseguem uma remuneração em pé de igualdade com os brancos. Em todas as profissões, o preconceito ainda se faz presente infelizmente. A televisão impõe falsos padrões: as propagandas dificilmente veiculam comerciais com negros; as novelas sempre colocam os atores negros com papéis de empregados e nunca de vilões ou então de escravos em novelas sobre o tema.

Quantos autores, que por preconceito da sociedade ficaram anonimato. Poucos autores negros conseguiram se sobressair e vencer ao preconceito. Ínfimos conseguiram uma vaga nas academias de Letras. Quantos negros e mulheres  ficaram fora do chá das cinco. Oxalá alguns conseguiram  engrandecerem a literatura  como Cruz e Souza, Castro Alves, Machado de Assis, José do Patrocínio, Auta de Souza, Carolina Maria de Jesus, Luiz Gama, Tobias Barreto, Solano Trindade, Paulo Colina, entre outros. 

Prestamos homenagem aos escritores citados acima, a Ruth Guimarães, Osvaldo de Camargo, Joel Rufino dos Santos, Adão Ventura, José Eduardo de Oliveira – que organizou Quem é Quem na Negritude Brasileira, obra importante que reúne profissionais negros de diversas áreas -, Isabel Hirata (que tivemos notícia do seu falecimento), entre outros.

Esperamos que a data do dia da consciência negra seja comemorada todos os dias e que o preconceito racial seja abolido definitivamente. Não só o racial, como também qualquer tipo de preconceito. Almejamos o fim do preconceito e da escravidão com o trabalho infantil, a prostituição, as drogas, mulheres, a marginalidade também sejam banidos para que possamos ter uma sociedade mais digna e justa.