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Nestor
Tangerini Nelson [Marzullo] Tangerin Filho
de Vittorio Tangerini, italiano de Bolonha, engenheiro florestal e
restaurador, e de Domingas Tambourindeguy Tangerini, gaúcha de Bagé e filha
de pais bascos do lado francês, Nestor Tambourindeguy Tangerini, poeta
satírico, jornalista, escritor, compositor, caricaturista (de estilo
cubista), teatrólogo, professor de português e ex-funcionário do antigo DCT
(Departamento de Correios e Telégrafos), nasceu a 23 de julho de 1895, em
Piracicaba, Estado de São Paulo, e faleceu no Rio de Janeiro em 30 de janeiro
de 1996. Nestor Tangerini,
que morou na Travessa Dias Pereira, 12, em Piedade, compôs Dona Felicidade,
em parceria com Benedito Lacerda, valsa gravada em 1937 por Castro Barbosa
para o selo RCA Victor. Na década de 20, freqüentava
a roda intelectual do legendário Café Paris, em Niterói, então capital
fluminense, na companhia de Luiz Leitão, Mazzini Rubano, Renê Descartes de
Medeiros, Luiz de Gonzaga, Brasil dos Reis, Mayrink, Olavo Bastos, Gomes
Filho e Apollo Martins, e publicava,
nos jornais da cidade fundada pelo Cacique Araribóia, crônicas e poesias, com
os pseudônimos João da Ponte, João do Paris,
João de Niterói e Pastaciuta. Nessa época, residia
na Alameda São Boaventura, 1085. Autor de revista,
Tangerini escreveu inúmeras peças de teatro. Entre 1936 e 1937, escreve Estupenda!,
Magnífica!, Na Dura!, No Tabuleiro da Baiana e Gol! para
a Cia. Teatral Jércolis [a imprensa brasileira, maldosamente, insiste em
citar somente o nome de Jardel, excluindo o nome de Tangerini]. Em suas peças –
encenadas pela Cia. Jardel Jércolis ou por outras companhias teatrais -
trabalharam Oscarito, Aracy Cortes, Dercy Gonçalves, Grande Otelo, Henriqueta
Brieba, Walter d’Ávila, Antônia Marzullo (sua sogra), Dinorah Marzullo Pêra
(sua cunhada), entre outros. Em 1947, fundou, com
o locutor Lourival Reis, o Professô Zé Bacurau, o caricaturista Abel,
Iêda Reis, o compositor Aldo Cabral, com quem escreveu as peças Pra
Deputado, Cadeia da sorte, Boa Boca, Lição Doméstica
e esquetes para a TV Continental, e Maurício Marzullo (seu cunhado), a
revista de humor e sátira O Espêto, onde publicava sonetos, trovas,
crônicas, esquetes, caricaturas e monólgos com diversos pseudônimos – Dom T,
Conselheiro Armando Graça, João da Ponte, Conselheiro XX Mirim, José
Oitiçoca, Mme. Chaveco, Malba Taclan, Álvaro Amoreyra, Pierrot (T.), T.,
Humberto dos Campos, X. Toso, B. Lírio Neves e Benedito Mergo Lião. Tangerini, que pertencia ao clã dos Marzullo, era genro da atriz
de rádio, cinema e teatro Antônia Marzullo (como já citamos acima), mãe da atriz Dinah Marzullo Tangerini (sua
esposa), irmã da atriz Dinorah Marzullo Pêra (esposa de Manuel Pêra e mãe das
atrizes Marília e Sandra Pêra) e pai de Nirton, Nirson e Nelson Tangerini. |
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